quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Feliz XX XX

Já há alguma tempo (anos) que queria publicar alguma coisa, mas a inspiração não tem aparecido. Vou assim publicar um texto que li algures, e não sei quem é o autor. Acho que reflecte bem o que sinto, e assim pode ser que venha a inspiração para escrever algo.

" Uma vida simples, com prazeres singelos. Parece atraente?
Para alguns, a poesia da vida simples é uma aspiração. Não são muitos, mas aumenta a cada dia os que buscam um estilo de vida mais despojado.

Enquanto a grande massa se mostra adepta dos benefícios oferecidos pelas cidades, aos poucos o homem se mostra cada vez mais cansado da rotina urbana, enlouquecedora.

Poluição, engarrafamentos, ruídos.
A floresta de edifícios a se perder no horizonte, escondendo céu e sol.
Tudo isso contribui para os estresses e angústias do homem contemporâneo.
Quando jovem, é natural que as pessoas desejem os desafios e facilidades das cidades, que oferecem objetos de desejo a cada esquina.

São as maravilhas da tecnologia, os bares da moda, as roupas de grife, os belos escritórios, as carreiras.

Tudo isso exerce tremendo fascínio.
Mas, aos poucos, é possível observar que esse modelo está se esvaziando.
Um certo cansaço começa a ser notado.

Uma expressão vem ganhando espaço: qualidade de vida.
São cada vez mais numerosos os que desejam voltar aos ideais de uma vida simples, uma casa no campo, um contato mais estreito com a natureza.

Querem respirar ar puro, ver um pôr-do-sol dourado, passar noites de tranquilidade em uma rede preguiçosa, manter conversas de fim da tarde.
A sensação que se tem é que a Humanidade, afinal, começa a perceber que a vida é muito mais do que prazeres passageiros.
As razões para o esgotamento do modo de vida urbano são o consumismo desenfreado e a sensação de estar numa corrida permanente.

No trabalho, o desafio é a competitividade, que atropela o ser humano e o consome, transformando-o em peça de uma fria engrenagem.

É um processo perverso, que suga as energias, estimula ciúmes e transforma em inimigos os que deveriam trabalhar em harmonia.
E uma pergunta costuma ser feita por quem está nessa roda-viva: Dá para viver com simplicidade nas grandes cidades?

É possível conciliar as exigências de uma carreira, da vida social e da família com uma rotina mais amena?
A resposta é…
Sim!
É possível conciliar tudo isso.
Não é tarefa muito fácil, mas pode ser realizada.

Isso porque a simplicidade não é feita de demonstrações exteriores.
Ela é um estado de espírito.
Não precisamos nos vestir de trapos, nem abrir mão de uma vida normal para ser pessoas simples.

A simplicidade está em viver a vida sem exigências descabidas.
Quem opta pela simplicidade, descomplica o dia-a-dia.
Muitas vezes nos perdemos em detalhes completamente desnecessários.

E, com isso, tornamos insuportável a nossa vida e a dos outros.
Observe com atenção e você perceberá: fazemos exigências demais por causa de coisas mínimas, das quais nem nos lembramos depois de algum tempo.
Por isso, a opção de viver com simplicidade é, antes de tudo, um jeito de agradecer a Deus pelo que recebemos.

Simplicidade é ter sonhos.
Mas, se eles não se realizam por alguma razão, ainda assim a vida não perde a graça.
Ou seja, apesar das tempestades, o contentamento permanece inabalável.

Quer ser feliz?
Seja simples.
Experimente o prazer das coisas que estão ao seu redor!
Olhe para o céu, veja as nuvens tingidas de ouro no infinito azul.

Ouça o som das risadas espontâneas, sinta o frescor de um copo de água, o sabor de uma fruta, a serenidade de uma noite bem dormida.
Veja a beleza de livros e canções.
Quem disse que não há prazer nas coisas pequeninas que Deus pôs ao nosso alcance? "